TV por assinatura X OTT: há espaço para os dois?

Você pode não saber, mas com certeza conhece o significado de OTT (over-the-top video).

O segmento nada mais é do que as plataformas que entregam conteúdo pela internet, onde você assiste somente o que quer e sem a necessidade de um plano de assinatura ou um intermediário, como empresas de teletransmissão. O melhor? Quando, onde e como quiser.

YouTube, Netflix, Amazon Prime e HBO Go são alguns dos principiais exemplos de plataformas OTT da atualidade. Elas revolucionaram a forma como consumimos (e produzimos) conteúdo audiovisual.

Antes, o dia, horário, tipo de conteúdo e duração do que era exibido estava 100% nas mãos dos canais de televisão, pagos ou não. Era o cliente que tinha que se adaptar ao que a TV oferecia. Queria saber as notícias do dia? Tinha que esperar o horário do jornal. Vontade de ver um filme? Tinha que entrar nos canais e procurar quais filmes iriam passar, e quando, para ver se era do seu gosto e se você teria disponibilidade naquele horário específico.

O fato é que esses novos formatos criaram uma grande competição com as TVs pagas, que sofrem com a perda de clientes. E como superar? Como fazer com que a televisão por assinatura continue despertando o interesse do consumidor?

Até pouco tempo atrás, os OTT eram vistos como verdadeiros inimigos da TV paga. Mas, como fiz o ditado, se você não pode vencer o inimigo, junte-se a ele!

A TV paga tem o poder de se transformar em superagregadoras de conteúdo, incluindo os serviços de OTT no seu leque de produtos. Além de rever os formatos, também precisam reavaliar seus preços, umas vez que se tornaram incompatíveis com o que as plataformas digitais cobram.

Os executivos da TV paga estão cientes de que precisam mudar seus pensamentos e estratégias para poder continuar competindo pela atenção dos consumidores. Os antigos formatos, muito engessados, já não satisfazem mais as necessidades e desejos dos clientes.