O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, que faleceu no último dia 13 de setembro aos 91 anos, é um dos grandes nomes da história do cinema e influenciou gerações de cineastas por todo o mundo.
Crítico do cinema de sua época, Godard buscava romper com o formato tradicional de Hollywood. Se havia uma regra do cinema, Godard a quebrava. Ele não acreditava na quarta parede, utilizava cortes bruscos, câmera em mãos e diálogos existenciais, misturou temas esnobes com o urbano – e nunca se esquivou de compartilhar suas opiniões.
Godard inaugurou a era moderna do cinema ao ser um dos pioneiros da Nouvelle Vague francesa. Esse movimento não apenas mudou a forma como o cinema era visto em todo o mundo, mas também diminuiu as distâncias físicas, pois as pessoas começaram a procurar cinema de outros países.

Seu primeiro longa, ‘Acossado’ (1960), é considerado uma obra prima e o responsável por estabelecer uma nova estética no cinema. A partir daí, Godard passou a experimentar diversos gêneros, formas de storytelling e estilos. Ao passo que fazia um musical como ‘A Woman Is a Woman'(1961), na sequência criava um drama sobre uma trabalhadora do sexo como ‘Vivre Sa Vie’ (1962), e terminava a década com um road movie desconstruído como ‘Week-end’ (1967).

Sua carreira continuou com filmes e documentários anti-Guerra do Vietnã. Ele produziu e dirigiu o projeto de 626 minutos intitulado ‘Histoire(s) du cinema’, que continha importantes imagens de arquivo que ele meticulosamente reuniu para ensinar as pessoas sobre a história da sétima arte.
Em 70 anos de carreira, Godard dirigiu cerca de 40 longas, inúmeros documentários, curtas e trabalhos para televisão. Seu filme mais recente, ‘The Image Book’, foi lançado em 2018 durante o Festival de Cannes.
O meio estava em fluxo, e seus filmes examinavam não apenas suas próprias histórias, mas a maneira como essas histórias podiam ser contadas para um público.