O filme Parasita, as marcas e a publicidade

O filme Parasita, as marcas e a publicidade:

O filme Parasita, as marcas e a publicidade

Quem assistiu ao filme Parasita levanta a mão! \0/

Nós não só assistimos como fizemos dois posts incríveis sobre a cinematografia e a montagem do longa e que você pode conferir AQUI.

Para refrescar a memória, Parasita mostra a vida de duas famílias sul coreanas, ambas compostas de 4 pessoas: pai, mãe e um casal de filhos. A diferença está na classe social: enquanto uma família mora em uma grande e arejada casa com jardim, a outra mora em um cubículo apertado que tem as janelas na altura da rua e tem como vista latões de lixo. A relação entre as famílias resulta em um desfecho completamente trágico e inesperado.

Mas hoje, o assunto não é sobre cinema, e sim a proposta para uma reflexão.

A desigualdade social é uma condição inerente ao mundo capitalista tal qual ele existe hoje em dia. O consumo, por sua vez, faz a roda do capitalismo girar, impulsionada pelo desejo e sensação de necessidade que, entre outras coisas, a publicidade ajuda a criar.

De nenhuma maneira estamos querendo demonizar a publicidade ou colocar sobre ela a responsabilidade por todas as mazelas do mundo. Mas, fato é que a publicidade desempenha o papel de estimular o consumo gerando, muitas vezes, um desejo aspiracional, ou seja, estimula nas pessoas a vontade de ter ou ser algo que não é.

O problema está na frustração e no sentimento de injustiça. Quando as pessoas não conseguem ter aquilo que acham que querem ou precisam, elas se frustram. Quando elas percebem que não conseguem ter aquilo que desejam, mas outros sim (e, muitas vezes, sem terem feito por merecer, aparentemente), se sentem injustiçadas. Esses dois sentimentos combinados podem resultar em desfechos amargos, assim como no filme.

E ai, fica o questionamento: até que ponto as marcas e a publicidade têm responsabilidade sobre isso? O que as marcas e a publicidade poderiam fazer de diferente para minimizar essa frustração? E, além disso, será que há o que mudar e, mesmo assim, manter a roda do mundo capitalista girando?

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