Dicas de Storytelling


O brasileiro gosta de uma história. E, principalmente, adora assistir história. As novelas e a  dramaturgia fazem parte da nossa cultura e da nossa rotina.


E o universo corporativo tem entendido isso e usado a seu favor. Nos últimos anos houve um “boom” de vídeos que utilizam storytelling para contar a história de uma empresa, vender um produto, atrair mais clientes ou explicar lançamentos.

 

Mas afinal, o que é o storytelling? Seu significado é igualzinho a sua tradução do inglês: a ação de contar uma história – story (história) + telling (contar).

 

E o que uma história possui? Começo, meio e fim, com um clímax e personagens marcantes. Mas não é só isso… É fundamental  que a história emocione, que instigue, mas principalmente que crie uma empatia com quem assiste. E que tenha uma estrutura. E é aí que entram os recursos audiovisuais, para gerar maior relevância e impacto.

 

Um dos exemplos mais famosos é o da marca Johnie Walker:

 

Sua história é contada por uma pessoa, sem encenação. E reparem que a essência da marca está sempre presente. O vídeo consegue nos prender com uma ordem cronológica, uma história baseada em fatos e com o diferencial da marca. Não à toa, ganhou alguns prêmios internacionais, inclusive em Cannes, em 2010.

 

Outra marca, famosa por suas propagandas e storytelling é a Coca-Cola. Só de pensar que o Papai Noel foi criado pela marca e hoje é a principal figura do Natal, temos uma dimensão do alcance das suas propaganda.

 

No cenário nacional, temos ótimos exemplos, como o do Smiles (link). A campanha, 365 motivos para sorrir, com pessoas reais e suas histórias: a do sr. Ademar, realizando o sonho de voar pela primeira vez:

 

a do sr. Antônio, realizando o sonho de voar para a sua terra natal 60 anos depois.

 

Há também exemplos não tão bons. É o caso da Delta e da Gol, que contou uma história, mas não se atentou ao principal: enredo emocionante, clímax e algo que prenda a atenção.

 

 

 

Este quadrinho, publicado em um dos maiores jornais do mundo, o NYTimes, ilustra uma montanha-russa como uma história e vai te ajudar a entender melhor os integrantes de um bom storytelling. É necessário um prólogo, descrição, problema se formando, clímax e solução do problema. Isso sem contar com a história de fundo, cenário, dicas, reviravolta, narrador não confiável, falha na trama, algo não resolvido, um pouco de amor e um desfecho.

 

E aqui vão mais algumas dicas:

 

Entenda seu público

Conte histórias apropriadas à ocasião e ao público, tendo um cuidado especial com a segmentação (idade do público, interesses, etc).



Seja relevante
Ninguém tem tempo a perder e, até por isso, ninguém vai contar (e escutar) uma história qualquer.



Crie emoção

As pessoas podem duvidar de dados, mas jamais duvidam do que elas sentem.



Crie a personagem

Não precisa ser necessariamente uma pessoa. Pode ser um objeto ou um problema.



Introdução

É ela que vai garantir que o espectador permaneça. Fuja do convencional. Chame atenção.



Conflito e clímax

Crie uma situação com suspense e dúvidas e deixe o espectador sentir as emoções. Esta é uma das principais partes do seu enredo.


Ah. E não conte uma mentira dizendo que é uma verdade. Ela pode até funcionar por um tempo, mas é a credibilidade da sua marca e da sua empresa que está em jogo. Será que vale a pena arriscar?

 

Dois exemplos de storytelling que não pegaram bem foram o da Diletto e a dos sucos Do Bem. Ambas foram investigadas pela Conar – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, e a primeira teve que retirar suas peças publicitárias.

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