O mercado de mídia e entretenimento sofreu grandes mudanças durante a pandemia da COVID-19. Com o fechamento e cancelamento de shows, eventos e cinemas, a paralização de novas produções e a crise econômica global, os hábitos de consumo das pessoas mudaram. Em decorrência disso, 2020 apresentou queda de 3,8% no setor.
A 22ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2021-2025 da PwC avaliou 53 países em diversas categorias, como Consumo de Dados, Publicidade Digital e na TV, Vídeo OTT, Cinema, Acesso à Internet e Games. No Brasil, que teve um crescimento menor do que o mercado global em 2020 pela primeira vez, o mercado de mídia e entretenimento deve crescer 4,7% até 2025.
Ainda no caso do Brasil, a pesquisa observou um aumento no consumo de vídeos OTT (over the top, em inglês, como por exemplo, as plataformas de streaming) e games em 2020, que devem continuar crescendo. Confira abaixo o que a pesquisa revelou em diferentes áreas do entretenimento:
Leitura digital
Outro setor que cresceu na pandemia foi o consumo de leitura em plataformas digitais, e devem manter o ritmo positivo. Revistas devem crescer de 8% para 13%; livros de 10% para 11%; e jornais de 7% para 11%.
Músicas digitais
A falta de shows durante a pandemia fez com que o consumo de música digitais aumentasse exponencialmente. Em 2025, o streaming vai representar 72% dos gastos, enquanto a bilheteria será 17%.
Feiras e shows
Já o mercado de feiras e shows, que foi um dos mais abalados pela pandemia devido às restrições de aglomeração, devem crescer cerca de 20% ao ano, retomando os mesmos níveis de 2019 rapidamente. Isso se deve ao fato das pessoas estarem ávidas para voltar a frequentar esse tipo de espaço.
Cinema
O cinema, outro ramo que sofreu grande impacto pela pandemia, teve uma queda de 86% de receita. A recuperação deve ser mais lenta, voltando aos patamares de 2016, e deve chegar aos níveis pré-pandemia em 2024.
Publicidade
Os gastos com publicidade tiveram um impacto negativo de cerca de US$1 bilhão em 2020, e devem crescer 6% ao ano até 2025. Para se equiparar com o período antes da pandemia, provavelmente só em 2022.
Acesso à internet
Estima-se que, em 2025, 41 milhões de casas devem ter internet fixa e 163 milhões de pessoas devem ser assinantes de internet móvel.
